Páginas

Quem sou eu

Minha foto
SOMOS ALUNAS DO CURSO DE NUTRIÇÃO DA UNIFENAS-BH E MONTAMOS ESTE BLOG PARA MOSTRAR A IMPORTANCIA DAS FRUTAS NO NOSSO DIA A DIA PRINCIPALMENTE NA VIDA DA CRIANÇADA EM FASE DE CRESCIMENTO.

sábado, 26 de novembro de 2011

A CULTURA DA BANANA


As bananeiras pertencem à família botânica Musaceae e são originárias do Extremo Oriente. É uma planta típica das regiões úmidas com crescimento contínuo, hibernando somente em condições de temperatura ou umidade desfavoráveis. Sua altura varia de 1,8 a 8,0m.
Dada a característica de emitir sempre novos rebentos, o bananal é permanente na área, porém com as plantas se renovando ciclicamente. A banana é um alimento energético, sendo composta basicamente de água e carboidratos, contém pouca proteína e gordura. É rica em sais minerais com sódio, magnésio, fósforo e, especialmente, potássio. Há predominância de vitamina C, contendo também A, B2, B6 e niacina, entre outras.
CULTIVARES:

- Para exportação e mercado interno - Grande Naine, Jangada, Lacatan, Nanica, Nanicão, Poyo, Piruá, Valery e Willians;
- Mercado interno-mesa - Branca, Colatina Ouro, Enxerto (Prata Anã), Grande Naine, Leite, Maçã, Mysore, Jangada, Nanica, Nanicão, Ouro, Ouro da Mata, Pachá Naadan, Padath, Platina, Poyo, Prata, Prata Zulu, São Domingos e São Tomé;
- Para fritar - Farta Velhaco, Figo cinza, Figo Vermelha, Maranhão, Ouro, Terra, Terra Caturra e Terrinha;
- Compota - Grande Naine, Nanica, Nanicão, Ouro, Piruá, São Domingos e Valery;
- Doce em massa - Branca, Grande Naine, Jangada, Nanica, Nanicão, Prata, Piruá, Valery e Willians;
- Purê - Grande Naine, Jangada, Lacatan, Nanica, Nanicão, Poyo, Piruá, Valery e Willians.
CLIMA E SOLO: a temperatura ideal para a bananeira está entre 20 e 24ºC, sendo aceitável a faixa de 15 a 35ºC. Temperaturas acima de 35ºC e, especialmente, abaixo de 12ºC provocam paralisação no seu desenvolvimento e danos aos frutos. O cultivar Nanica é o mais sensível ao frio e Maçã, o mais resistente. Evitar áreas com ocorrência de geadas ou ventos fortes. O total de chuvas por ano deve ser superior a 1.800mm, chegando-se a um consumo de água em áreas irrigadas de 3.000mm ao ano. O cultivar Ouro é pouco tolerante à falta de água, o Nanica e Nanicão, medianamente tolerantes, os outros resistem mais a períodos de seca. Umidade relativa alta, acima de 80%, favorece o desenvolvimento das plantas, entretanto, em áreas mais úmidas há maior incidência de doenças nas folhas e frutos. Preferir solos bem drenados (lençol freático abaixo de 60cm), pouco acidentados e evitar os sujeitos à inundação.
PRÁTICAS DE CONSERVAÇÃO DO SOLO: plantar em nível; na formação do bananal em relevo acidentado, capinar ruas alternadas, utilizar culturas de cobertura entre as fileiras de plantas ou manter o solo coberto, manejando a vegetação espontânea com raçadeira ou herbicida. Dispor os pseudocaules cortados em fileiras, formando curvas de nível.
PROPAGAÇÃO: retirar mudas de bananeiras livres de nematóide, broca ou mal-do-panamá. Escalpelar toda a parte escura do rizoma. Em muda tipo filhote, eliminar raízes velhas. No caso de aquisição de mudas produzidas por biotecnologia, exigir garantia quanto ao percentual máximo de ocorrência de mutação somaclonal.
PLANTIO: podem ser empregadas mudas tipo pedaço de rizoma ou rizoma inteiro (chifrinho, chifre, chifrão, replante ou guarda-chuva). Quanto mais leve a muda, mais tempo para frutificar. Mudas produzidas por biotecnologia são mais precoces e perfilham mais. Colocar pouca terra sobre a muda; por ocasião da primeira capina, completar o fechamento da cova ou sulco. Dispondo de irrigação, o plantio pode ser feito todo o ano; sem irrigação, preferir o início da estação das chuvas. No caso de mudas obtidas a partir de cultura de tecidos, plantá-las diretamente no campo somente se houver boas condições de umidade. Evitar o plantio em épocas com temperaturas menores que 15ºC.
ESPAÇAMENTO:

- cultivares de porte baixo ou médio - 2 x 2m ou 2 x 2,5m;
- porte alto - 2 x 3m ou 3 x 3m.
MUDAS NECESSÁRIAS: porte baixo ou médio: 2.000 ou 2.500 mudas por hectare; porte alto: 1.111 ou 1.333 mudas por hectare.
COVAS: 30 x 30 x 30cm ou sulcos em nível com 30cm de profundidade.
CALAGEM E ADUBAÇÃO: proceder à análise de solo para determinar as necessidades de adubação e calagem. A quantidade de adubo por planta varia em função de uma meta de produtividade, dos teores de P e K do solo e do espaçamento do bananal. Aplicar calcário para elevar a saturação por bases a 60%, usando sempre calcário dolomítico; manter o nível de Mg acima de 9,0mmolc/dm3.

- Adubação de plantio: aplicar antes do plantio, por cova, 10 litros de esterco de curral curtido ou 2 litros de esterco de aves ou 1 litro de torta de mamona, especialmente em solos arenosos. Para uma meta de produtividade entre 20 a 50 t/ha e, dependendo do teor de P no solo (alto, médio ou baixo), aplicar 20 a 100 kg/ha de P2O5, misturados com a terra no fundo da cova ou sulco. Em solos deficientes, aplicar também 5kg/ha de Zn.

- Adubação de formação: para a mesma meta de produtividade e dependendo dos teores de P e K no solo, aplicar 40 a 70 kg/ha de N e 30 a 120 kg/ha de K2O aos 30-40 dias após o plantio. Aos 70 a 90 dias, aplicar 20 a 100 kg/ha de P2O5, mais 90 a 180 kg/ha de N e 70 a 280 kg/ha de K2O. Aos 120-150 dias aplicar mais 60 a 100 kg/ha de N, 50 a 170 kg/ha de K2O. Utilizar adubos (fontes de N ou P) que forneçam sulfato (30 kg/ha/ano de S). Distribuir o adubo em círculos de 100cm de diâmetro ao redor das plantas.

- Adubação de produção: as adubações anuais de N, P e K, por família de plantas, deverão ser ajustadas em função da produtividade esperada e dos teores de P e K obtidos pela análise de solo. Parcelar a adubação em três vezes (início, meio e fim da estação das chuvas) e em áreas irrigadas em seis vezes, distribuindo o adubo em uma faixa a 40cm, em semicírculo de 100cm de raio, na frente do rebento mais jovem (sentido do caminhamento do bananal). Aplicar por ano 120 a 500 kg/ha de N, 20 a 260 kg/ha de P2O5 e 130 a 730 kg/ha de K2O.
CONTROLE DE PRAGAS E DOENÇAS:

- Broca e nematóides - plantar somente mudas livres de broca e nematóides; aos 30 dias após o plantio, aplicar nematicida sistêmico rente à muda e antes de fechar a cova, repetindo o tratamento após 6 meses. Em mudas obtidas por biotecnologia e em áreas livres de nematóide, não é preciso fazer esse tratamento no plantio. No bananal em produção, aplicar o nematicida logo após a colheita dentro da planta-mãe com o auxílio da lurdinha. Após 6 meses, repetir o tratamento dividindo a dose entre os filhos desbastados.
- Vírus - eliminar todas as plantas com sintomas.
- Mal-de-sigatoka - atomizar mensalmente de outubro a maio, óleo mineral com fungicida.
- Mal-do-panamá - utilizar cultivares tolerantes.
REFORMA DO BANANAL: efetuar reformas periódicas nos bananais. Um indicador de ordem prática do momento em que o bananal exige uma reforma é a inexistência de neto quando da colheita da mãe.
OUTROS TRATOS CULTURAIS: manter o solo sempre limpo com capinas manuais ou herbicida em jato dirigido. Em terrenos declivosos, fazer somente roçadas ou usar herbicida de contato. Não empregar cultivares em bananais com mais de 1m de altura. Após as adubações, eliminar as folhas velhas com penado ou facão e retirar as brotações supérfluas com a lurdinha, deixando apenas uma família por cova. Escorar os cachos em bananais com raízes fracas ou em áreas sujeitas a ventos fortes.
COLHEITA: o ano todo, 12 meses após o plantio, quando a fruta atingir a plenitude de seu desenvolvimento (mercado interno) ou segundo o diâmetro da fruta solicitado pelo importador.
PRODUTIVIDADE NORMAL: um cacho por pé ao ano, com peso, segundo o cultivar, de 5 a 80kg.
CULTIVARAS INTERCALARES: feijão de mesa, apenas no período de formação. Não usar gramíneas.
COMERCIALIZAÇÃO: a comercialização de frutos em cachos tende a diminuir, evoluindo para penca ou buquê (6 a 8 bananas) acondicionado em embalagens padronizadas (torito, caixa de madeira ou papelão). Frutos para mercados próximos podem ser climatizados (amadurecidos em estufa) nas regiões produtoras, para áreas mais diferentes, climatizar no destino.
Data Edição: 01/12/2006Fonte: Boletim IAC

Nenhum comentário:

Postar um comentário